segunda-feira, 30 de abril de 2012

por onde anda, andarilho?



I
por onde anda, andarilho?
por onde correm seus pés?

pra onde foram seus olhos viajantes?
pra onde mira seu pé?

por que não monta e segue?
por que parou e partiu
em alguns pedaços seu coração
em saudades de alguns aléns?

basta seguir seguindo, andarilho
basta seguir e sorrir
basta seguir o menino
basta seguir o sol e cantar



II
por onde anda, andarilho?
por onde correm seus pés?


pra onde miram seus olhos, viajante?
pra onde foi seu pé?

por que não canta e segue?
por que parou e sentiu
um calafrio em seu coração
uma saudade de ninguém?

basta de seguir sofrendo, andarilho
basta de grunhir e sofrer
basta de repreender o menino
basta seguir o sol e dançar


PS: Tanto tempo sem escrever... acho que estou perdendo "a mão"...

sábado, 21 de janeiro de 2012

Neste início de noite, li de uma sentada só a tradução e adaptações de algumas cartas de Kahlil Gibran para Mary Haskell feita por Paulo Coelho. Baixei o livro depois que Paulo liberou em seu blog e divulgou no twitter para reafirmar sua atitude em relação ao movimento #StopSOPA.

Quero agradecer a Paulo pela sua atitude. São gestos como esse que fazem a diferença, inspiram a mudança e espalham cultura mundo a fora.

Separei para os amigos dois trechos que muito me tocaram.
Bon apetit!






A existência não tem apenas seu aspecto físico. As pessoas mais velhas podem estar muito mais vivas que as jovens, porque já experimentaram muito mais coisas.

O problema com a velhice é que, por medo da morte que se aproxima, as pessoas passam a ter pavorde viver. Não entendem que o final de uma etapa é que torna possível o próximo passo; a Natureza jamais dá saltos. Da mesma maneira que não quebra os galhos jovens, tampouco impede que uma árvore, velha e cansada, deixe de existir.

Isto é o que chamamos de “ordem natural das coisas”. Muitas vezes eu me imagino depois da morte, retornando lentamente aos elementos do solo; é a grande entrega, que muda tudo em silêncio e calma, para que as coisas possam renascer. A idade prepara meu corpo para fertilizar de novo a terra de onde vim.


O outono do corpo conduz ao inverno, e o inverno é necessário para que uma nova primavera surja. Da mesma maneira, o meu espírito se move de uma etapa para outra, sabendo que cada estação tem suas qualidades e seus defeitos.


***


A diferença entre um profeta e um poeta é que o primeiro vive aquilo que ensina.

O poeta não faz isso; ele pode escrever versos magníficos sobre o amor, e mesmo assim, continuar sem ser amado. Quando uma pessoa aceita não ser amado, termina transformando-se em alguém impossível de se amar.

A arte é a tentativa de exprimir o que a humanidade ama. Em todas as épocas, nós amamos a beleza. Nem tudo que é belo é bom, mas toda bondade é bela.

domingo, 17 de abril de 2011

#poesiacrua


incrível como acordo todo dia querendo mudar o mundo, ajudar as pessoas a crescerem... e por quantas vezes já tentei me ajustar

e fazer como todo mundo faz, daquele jeito comum e certo, mas algo aqui dentro me impede de ser mais um ou nenhum ou qualquer um

desviar o olhar e sentir a brisa, as cores e as coisas desse jeito, sentindo que há algo maior, pois somos potencialidades

ser mais um no rebanho, e não um estranho, diferentemente divergente convergindo as potencialidades da vida toda aqui e agora

sou e não sou, porque tudo nem é nem não é, a vida, ela isso coisa movimento vida assim bem e mal inerente transcendente vida




***


Quer ler outras poesias minhas? Siga-me no twitter.com/fabionp.


Te encontro por aí!



domingo, 21 de novembro de 2010

saideira para os (não) saudosistas



não sou saudosista
mas gosto de lembrar como era fácil sonhar sem me preocupar com o amanhã
o tempo passa pela gente desapercebido
fica a experiência e vai-se a energia
feliz somos os que vivemos também de ideias e ideais